Uma manhã de domingo inesquecível para a comunidade da paróquia de São Judas Tadeu na Igreja de São Sebastião, no Eldorado. Contando com grande número de fiéis, durante Missa Sertaneja que compôs as celebrações da Novena de São Sebastião, a Câmara Municipal entregou o título de Cidadão Honorário de Contagem ao padre Jurandyr de Azevedo Araújo.
Natural do Rio de Janeiro e prestes a completar 80 anos de vida, o pároco recebeu a homenagem das mãos do vereador Arnaldo de Oliveira (SD), autor da resolução; do presidente da Câmara, vereador Bruno Barreiro (PV); e da prefeita Marília Campos (PT), em reconhecimento aos relevantes serviços prestados ao povo de Contagem em seu trabalho pastoral.
Após uma celebração bem musical, com participação da dupla sertaneja João Marcos e Maurinho, e marcada pelo pedido do religioso pelo fim das guerras e por paz no mundo, Arnaldo de Oliveira teve a palavra e ressaltou a importância da atuação do religioso para aquela comunidade.
“Hoje, o evangelho falou dos dons, e o padre Jurandyr recebeu um dom, dentre vários, muito importante, que é de unir uma comunidade. Ele faz isso há muitos anos aqui em Contagem, na paróquia de São Judas Tadeu, na comunidade de São Sebastião e diversos locais. Em reconhecimento a todo esse trabalho, que continua exercendo, a Câmara Municipal, representando a população, aprovou por unanimidade esse título de Cidadão Honorário de Contagem”, discursou.
A prefeita Marília Campos parabenizou a Câmara pela “justa e merecida homenagem”, e lembrou a importância da homilia do padre, em defender a paz no mundo, em Contagem e dentro das famílias. “Que essas palavras proféticas se tornem realidade, e que a gente saia daqui com esse sentimento de amor, que é a condição para que a gente viva melhor e mais feliz”, desejou.
Por fim, padre Jurandyr externou sua gratidão pelos 80 anos de vida, pelos 52 anos de sacerdócio e também pela homenagem e pela grande presença de fiéis e amigos. Ele destacou que seu sacerdócio teve como base os exemplos de bondade e solidariedade de seus pais, e de dedicação à missão e misericórdia do bispo Dom Clemente Isnard, que o ordenou padre em 1973.
“Ao ser ordenado, prometi ser sacerdote para sempre. O meu lema é anunciar a ressurreição, porque Jesus é a imagem do bom pastor, que deu a vida, morreu e ressuscitou. Por isso, sempre procurei estar perto das pessoas feridas, com problemas emocionais ou materiais, ou que tenham as ilusões do mundo. Sempre procurei estar na escuta para curar essas feridas e levar a misericórdia. Escolhi trabalhar 10 anos na África na maior pobreza por causa de uma guerra de 35 anos. Portanto, minha espiritualidade de padre é encarnar a realidade da vida, sendo voz profética, sobretudo contra as opressões que espezinham os pobres e os fracos, porque a Igreja deve lutar pela justiça, ter a ousadia e a coragem de nadar contra a corrente, mas ser fiel à missão de Jesus”, contou o religioso.
“Quero agradecer a todos vocês que me oferecem essa homenagem, e dizer que o trabalho da Câmara é também estabelecer o testemunho da fé e ter coerência com o chamado ao serviço. E me dirijo ao vereador Arnaldo de Oliveira, que é presente, participante e ajuda essa comunidade, que me acolheu, na qual me faço presente há anos e gosto muito. Que continuem participativos e atentos às necessidades dessa comunidade”, concluiu.
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