ACESSO RÁPIDO
acessibilidade

Projeto reforça atendimento humanizado a grávidas

23 de junho de 2025, por Marco Túlio de Sousa

A legislação brasileira garante uma série de direitos às gestantes, como atendimentos prioritários em órgãos públicos, assentos preferenciais em meios de transporte público e o acesso a serviços de saúde que garantam a proteção da mãe e de seu filho. Em Contagem, um projeto de lei (255/ 2025) aprovado pela Câmara de Contagem pretende fortalecer essas políticas públicas. De autoria do vereador pastor Itamar (PRD), o PL trata de medidas de proteção à gravidez, parto e puerpério (período após o parto em que o corpo da mulher retorna ao estado anterior ao do período da gestação).

Vereador pastor Itamar (PRD). Foto: Élis Junior.

O projeto descreve um conjunto de práticas que podem trazer insegurança e que devem ser evitadas nos estabelecimentos de saúde, além de apresentar direitos e deveres da gestante e parturiente. Assim, para garantir um atendimento humanizado, não se deve: tratar a gestante de forma agressiva e desrespeitosa ou deixar de responder suas dúvidas; induzi-la a optar pelo parto cirúrgico sem o devido esclarecimento médico e científico; recusar a realização do parto quando houver condições para fazê-lo; transferir a gestante sem que haja vaga em outro estabelecimento; impedir a presença de um acompanhante e que ela se comunique com pessoas externas (familiares, amigos etc); submeter ela e seu filho a procedimentos não regulamentados pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial da Saúde; deixar de aplicar anestesia quando houver disponibilidade; demorar, sem justificativa, para alojar a puérpera em seu leito e para colocar o recém-nascido em contato com a mãe; impedir a amamentação (exceto em situações clinicamente justificadas); deixar de informar ao casal sobre o direito a métodos e técnicas anticonceptivos no período do puerpério.

Já os direitos, são: pré-natal de qualidade; consulta obstétrica e visita às dependências do Hospital e Maternidade de Contagem a partir da 36ª semana de gestação; assistência humanizada; presença de acompanhante antes, durante e depois do parto; assistência neonatal ao recém-nascido; contato mãe e filho; receber informações sobre o trabalho de parto; acesso e obtenção de cópia de prontuário. Por fim, constituem deveres da mulher: realizar o pré-natal e portar o seu cartão, cuidando para o seu bom estado de conservação; seguir orientações médicas no período da gestação, parto e puerpério; respeitar a equipe de atendimento dos estabelecimentos de saúde; e seguir orientações da equipe médica.

Vereador Rodrigo do Posto (Mobiliza). Foto: Bianca Nicolau.

Ao comentar o projeto, pastor Itamar destacou que a gravidez é um momento especial na vida das mulheres, sendo fundamental garantir uma boa assistência a elas. “A mulher merece toda dignidade, todo respeito, todo carinho”, disse. O parlamentar ainda enfatizou que o projeto, ao estabelecer orientações, direitos e deveres de cada parte envolvida no processo do parto, garante às mulheres um “atendimento mais humanizado, com acolhimento, para que ela possa, com tranquilidade, ter seu sonho realizado”.

O PL foi aprovado por unanimidade e recebeu elogios dos demais vereadores. “É um projeto muito importante. Só quem foi vítima violência no parto sabe o trauma que isso causa. É uma sequela permanente nas mulheres. O parto e o acolhimento humanizados fazem a diferença na vida delas”, apoiou Rodrigo do Posto (Mobiliza). Arnaldo de Oliveira (SD) se somou às palavras dos colegas: “a gente se sente muito bem quando estamos aqui, na nossa Casa Legislativa, e temos um processo deste alcance para votarmos”.

Acompanhamento de doulas

Vereadora Moara Saboia. Foto: Élis Junior.

Ao texto inicial foi incluída uma emenda de lideranças de iniciativa da vereadora Moara Saboia (PT) que abre a possibilidade de inclusão de doulas no acompanhamento de gestantes e parturientes sem que isso signifique prejuízo à presença do genitor, companheiro ou acompanhante. “É um pedido que tenho feito desde o início do meu mandato para que se regulamente a presença das doulas sem que elas contem como um(a) acompanhante. É algo muito importante para as mulheres que estão vivenciando esse momento”, explicou Moara. Daniel do Irineu também ressaltou a relevância dessas profissionais no acompanhamento às mães.

O PL segue para sanção do Poder Executivo. Se houver veto, retorna ao Plenário para nova rodada de votação.

Veja mais notícias

Projeto reforça atendimento humanizado a grávidas

A legislação brasileira garante uma série de direitos às gestantes, como atendimentos prioritários em órgãos públicos, assentos preferenciais em me...

23 de junho, por Marco Túlio de Sousa

Campanha do Junho Vermelho na Câmara supera expectativas e reforça ...

Na terça-feira, 17 de junho, parte do prédio da Câmara Municipal de Contagem foi cuidadosamente preparada para uma atividade especial: uma campanha...

18 de junho, por lorena.carazza

Projeto incentiva proteção ao meio ambiente

Junho é um mês dedicado à promoção da causa ecológica. Na primeira semana, é celebrada a Semana Mundial do Meio Ambiente, que compreende o Dia Mund...

18 de junho, por Marco Túlio de Sousa
Todos os direitos reservados a Câmara Municipal de Contagem