ACESSO RÁPIDO
A Câmara Municipal de Contagem recebeu, nas reuniões plenárias desta terça-feira (24), a visita da Associação dos Surdos de Contagem. Auxiliado pela tradutora e intérprete de libras Heldea Braga, o grupo aproveitou a ocasião para pedir o apoio dos vereadores para a adoção do cartão eletrônico de transporte coletivo, para que os deficientes auditivos – que já têm o direito do passe livre – possam transpor gratuitamente a roleta dos ônibus, como já ocorre com os idosos.
Ocupando a tribuna, Laís Drummond, que tem deficiência auditiva, auxiliada pela intérprete, explicou os problemas que enfrenta todos os dias nos transportes coletivos da cidade. “As pessoas com deficiência auditiva e os surdos enfrentam dificuldades, pois sentam nos bancos da frente dos ônibus, e não têm o direito de passar para trás sem pagar. E as pessoas da frente, principalmente idosos e pessoas com crianças, reclamam de nós, jovens, porque não percebem que somos surdos e temos o direito. Sentimo-nos incomodados com essa situação”.
“Muitas vezes, ficamos espremidos em pé na frente, inclusive com filhos pequenos, mesmo tendo muitos lugares vagos na parte de trás do ônibus, por não termos o direito de passar a roleta. Isso é muito incômodo, porque a sociedade não entende nossa deficiência, por não ser muito visível”, acrescentou.
Diante do exposto, a Associação pediu apoio para que a TransCon (Autarquia Municipal de Trânsito e Transportes de Contagem) viabilize o cartão eletrônico que garante a gratuidade da passagem e a transposição da roleta. “Viemos pedir aos vereadores e ao presidente da Câmara que lutem conosco para termos o direito de passar para a parte de trás dos ônibus, e também para que haja o treinamento dos motoristas, para facilitar nossa comunicação com eles”, concluiu, agradecendo o envolvimento do vereador Arnaldo de Oliveira (PTB) na causa.
Arnaldo, por sua vez, pediu a palavra para agradecer a presença da Associação, para exaltar o trabalho da Câmara em favor das pessoas com deficiência, e para garantir o apoio dos vereadores. “Vamos marcar uma audiência com o Marcelo Lino (representante da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência, Mobilidade Reduzida e de Atenção ao Idoso), a Associação dos Surdos, a TransCon, o Grupo A+ (de pessoas autistas), para podermos caminhar juntos, inclusive até a BHTrans, para a resolução desse impasse”, destacou.
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