Os servidores públicos municipais da Saúde estiveram presentes em peso na plenária desta terça-feira (24) da Câmara Municipal de Contagem, para protestar contra a administração municipal e reivindicar melhores condições de trabalho e remuneração. Na oportunidade, representantes Sind-Saúde Contagem ocuparam a tribuna da Câmara para apresentar a situação dos servidores e suas reivindicações.
Diretora do sindicato, Rafaela Carvalho externou sua indignação com a falta de diálogo da Prefeitura com os trabalhadores do segmento, e pediu envolvimento dos vereadores no sentido de cobrar da administração municipal o cumprimento da pauta da campanha salarial de maio deste ano. Ela lembrou que os servidores municipais não receberam recomposição salarial neste ano, devido à política de austeridade e contenção de despesas anunciada no primeiro semestre pelo prefeito Carlin Moura (PCdoB). E criticou as condições de trabalho dos servidores da Saúde.
“A inflação está em 10% e estamos com o salário defasado, pois não tivemos recomposição. Além disso, trabalhamos em unidades de saúde sem ataduras, sem papel para receituário, sem injeção para aplicar no usuário. E a prioridade do Município são as obras? Obras são necessárias, mas, se não cuidamos da saúde da população e do trabalhador, não teremos quem usufrua delas”, desabafou Rafaela.
A sindicalista ressaltou que alguns compromissos firmados pela Prefeitura com a categoria ainda não foram cumpridos. “Os 25 dias úteis de férias para 2016, por exemplo, é um acordo assinado com o Executivo, e não está nesta Casa até hoje para ser votado, faltando menos de um mês e meio para o ano acabar. A folga de aniversário referente a 1º de janeiro de 2015, não conseguimos gozar, porque não foi aprovada pela Câmara; assim como o reajuste de R$ 20 no vale alimentação”.
Rafaela Carvalho acusou, ainda, a administração municipal de não estar cumprindo a carga de trabalho de 30 horas semanais para os servidores da Saúde, e de ter submetido ao Legislativo, recentemente, um projeto que aumenta essa jornada, dentre outros projetos, sem dialogar com a categoria. Por fim, criticou as terceirizações que, segundo ela, levariam à “precarização do trabalho e escravização do trabalhador”.
Por sua vez, a servidora Márcia Áurea Luiz também usou a tribuna, ratificando as palavras da sindicalista e pedindo ação da Câmara Municipal. “Nós trabalhadores estamos sendo oprimidos pela nossa chefia e sofrendo com péssimas condições de trabalho”, reclamou. “Vou cobrar que os vereadores passem nas unidades de saúde de alta periculosidade. Peço que cumpram sua função de fiscalizar a Prefeitura e que olhem por nós”, concluiu.
Resposta da Câmara
Durante a plenária, o vice-presidente da Câmara, vereador Alex Chiodi (SD), e o presidente da Comissão de Saúde da Casa, vereador Rodinei Ferreira (PT), defenderam a mobilização dos servidores, e asseguraram o envolvimento do Legislativo no sentido de buscar soluções para a Saúde do Município, incluindo um esforço das comissões para agilizar a tramitação de projetos relacionados ao setor.
A partir das reivindicações, a Comissão de Saúde da Câmara se reuniu, após a plenária, com alguns representantes dos servidores, para entender melhor suas demandas e debater projetos de lei relacionados à Saúde do Município que estão no Legislativo de Contagem. Estiveram presentes também membros das comissões permanentes de Administração e Serviços Públicos, e de Legislação e Justiça, que são responsáveis pelos pareceres aos projetos antes de sua votação em plenário.
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