Assunto recorrente na Câmara Municipal de Contagem, os problemas na prestação de serviços da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) voltaram a ser pauta da plenária nesta terça-feira (10). Desta vez, o vereador Daniel do Irineu (PP) destacou um requerimento de sua autoria solicitando esclarecimentos da companhia em relação a reclamações de moradores da região do Petrolândia sobre a má qualidade da água.
“Nesta semana, fui procurado por inúmeros moradores dos bairros Petrolândia, Sapucaias, Tropical, São Luiz, Chácaras e outros, alegando desconforto com a Copasa, pois a água estaria chegando muito turva na casa dessas pessoas, uma água barrenta. Fizemos uma visita in loco e constatamos que essa água está chegando às casas sem condições de uso”, disse o parlamentar.
Ele levantou a possibilidade de a Copasa estar realizando alguma intervenção nas adutoras que atendem a região. No entanto, criticou o fato de a companhia não informar previamente os moradores sobre o acontecimento e não interromper o fornecimento de uma água que seria imprópria para o consumo.
Necessidade de cobranças
Em aparte, os vereadores Capitão Fontes (MDB), Vinícius Faria (PCdoB) e o presidente da Câmara, Daniel Carvalho (PV), deram apoio à solicitação, ressaltando a necessidade de maior cobrança em relação à prestação de serviços da Copasa.
O primeiro destacou que problemas semelhantes foram observados em Nova Contagem, mas a resposta da companhia a ofícios de sua autoria teria sido que a água estava adequada para uso e consumo. “A água parecia um copo de Toddy, de tão suja. É uma vergonha o que a Copasa continua fazendo em nossa cidade e precisamos cobrar dos órgãos competentes”, disse Fontes.
Vinícius Faria ressaltou que outro problema que deve ser abordado é da falta de manutenção em vias públicas que sofreram intervenção da companhia. “Rodamos por todo o município, e vemos as plaquinhas da Copasa, sem a resolução adequada. Na região do Industrial, tem duas crateras e, há seis meses, um morador está impedido de entrar na garagem, e nenhuma solução é tomada”, declarou. O vereador acrescentou que Prefeitura de Contagem passará a cobrar da Copasa o valor gasto pelo Município nessas manutenções.
O presidente da Câmara, por sua vez, lembrou a mobilização de várias câmaras municipais de Minas para cobrar melhor prestação de serviços de abastecimento de água, de coleta e tratamento de esgoto e a redução das taxas cobradas pela companhia. E adicionou a necessidade de cobrar contrapartidas para o Município em relação à exploração da reserva hídrica de Vargem das Flores.
“É notório o serviço inadequado de manutenção em nossa cidade. Além disso, é inadmissível o que temos recebido de reclamação sobre o tom da água, sem condições de uso e consumo”, ressaltou Daniel Carvalho. “Há um mês, trouxemos este debate à Casa, para cobrarmos isso e também em relação às cobranças indevidas da taxa de tratamento de esgoto – a Copasa trata 50%, mas cobra a totalidade -, o que já foi notificado pelo Ministério Público, e a Copasa já se dispôs a devolver R$ 60 milhões a Belo Horizonte”, pontuou.
Daniel Carvalho terminou o debate conclamando a todos a se envolverem ao movimento surgido no sul de Minas, para uma cobrança mais intensa e mais firme à companhia de saneamento. “Conte conosco nessa luta, pois é uma bandeira não apenas da nossa Casa, mas de toda a Região Metropolitana”.
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