Uma equipe composta por vereadores e assessores visitou duas localidades na tarde desta segunda-feira (25/10), em mais uma atuação in loco da Comissão Especial de Acompanhamento de Áreas de Risco, representada, na ocasião, pelos vereadores Carlin Moura (PDT), Léo da Academia (PL) e Ronaldo Babão (Cidadania).
A primeira vistoria aconteceu na rua Januária, bairro Fonte Grande, na região da Sede. A rua é um declive acentuado que termina nas margens do córrego que passa por toda a extensão da Avenida Prefeito Gil Diniz. Os moradores do local relatam que, em dias de chuva, principalmente pela falta de bocas de lobo na parte alta da rua, as casas sofrem com inundações.
Outro problema é a ausência de rede de esgoto e a falta de limpeza e manutenção das margens do córrego, que acumulam lixo e uma vegetação alta. Moradores reclamam também da sujeira trazida pela enxurrada e jogada pela própria população, além da presença de animais nocivos, que chegam a entrar nas casas.
“A moça da segunda casa morreu recentemente com dengue, por causa desse matagal que sempre fica cheio de lixo e água. Deixou um filho pequeno. Em outra casa, uma criança foi picada por escorpião. Em outra, a dona encontrou uma cobra na cozinha dela. Precisamos de ajuda aqui!”, reivindica a moradora Célia Araújo, que acompanhou a visita dos vereadores.
No entanto, a maior preocupação da população local é o risco de desabamento, principalmente da primeira casa, mais próxima ao córrego, e as trincas e rachaduras que as outras residências vizinhas já apresentam. O terreno tem cedido a cada chuva e uma parte de trás da primeira casa já desmoronou. Na outra margem do córrego, já existe determinação da Defesa Civil para desocupação.
Para Samuel Lara, ex-integrante da Defesa Civil e hoje assessor da Comissão, será necessária a intervenção do poder público, principalmente pelo risco iminente de desabamento. Outra medida que deverá ser necessária é a construção de um gabião, uma espécie de gaiolas de aço, preenchidas com pedras, que fazem o trabalho de contenção de margens.
Maria da Conceição e Perobas
A segunda visita foi nos bairros Maria da Conceição e Perobas. O encontro dos dois bairros forma um “vale”, identificado como área de risco. Os moradores do local sofrem com bota-fora irregulares, falta de asfalto, galerias de esgoto em certas partes entupidas e em outras quebradas, deixando grandes e perigosos buracos nas passagens para as casas.
Várias residências já cederam em períodos de chuvas fortes e constantes, e outras foram desocupadas e demolidas pela Prefeitura. Porém, os escombros e entulhos não foram recolhidos, o que aumenta ainda mais a sensação de insegurança e o acúmulo de lixo e animais nas casas da região.
Nas chuvas da última semana, uma enchente inundou várias residências da Avenida A, cuja extensão não é totalmente asfaltada. No Beco Maracanã, as casas que estão na parte baixa do morro correm o risco de serem atingidas pelas casas do alto do morro, já muito abaladas e bem próximas de um barranco que cede cada dia mais.
Moradora do Beco há 23 anos, Iranilda Alexandre conta, ainda, que muitas pessoas já foram retiradas das suas casas mas que, tempos depois, retornam, mesmo sem autorização do poder público. “Se ficam vazias, as pessoas voltam. Às vezes até são outras famílias que invadem”, conta.
Em todos os locais visitados pela Comissão, os vereadores caminharam, entraram em casas e puderam escutar dos próprios moradores a situação de insegurança em que se encontram. “Estamos aqui cumprindo nosso papel de fiscalizar. Há coisas que não estão ao nosso alcance fazer, mas com certeza está ao nosso alcance relatar e cobrar do Executivo a resolução”, disse Carlin.
Ronaldo Babão, que já havia visitado algumas vezes a área do Fonte Grande e conhece de perto as demandas daqueles moradores, disse que a união de mais vereadores é muito importante. “Tenho certeza de que a mobilização da Comissão vai fazer a diferença”. “A Câmara está na rua, junto à população, e queremos firmar o compromisso de fazer o que estiver ao alcance dos vereadores para a solução desses problemas”, encerrou Léo da Academia.
Assim como nas outras visitas da Comissão, os vereadores vão elaborar um relatório com detalhes das visitas. Lido e aprovado pelos demais parlamentares, o documento é enviado para as pastas competentes da Prefeitura.
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