Vereador Rodinei sinaliza intenção de ser candidato a prefeito de Contagem em 2016

As eleições municipais do ano que vem já fazem parte das discussões no plenário da Câmara. Na reunião ordinária da última terça-feira (24), o vereador Rodinei Ferreira (PT) utilizou o Grande Expediente para anunciar que colocou à disposição do partido o seu nome para uma possível pré-candidatura à Prefeitura Municipal.

O parlamentar fez a introdução do assunto falando a respeito do momento crítico vivido pelo Brasil, em nível nacional, tanto pelas dificuldades econômicas, quanto políticas. Como exemplo, citou as tentativas de impeachment e o, segundo ele, “massacre” sofrido pelo Partido dos Trabalhadores por parte da grande mídia.

“Mas desafios não devem nos amedrontar, e sim servir para nos impulsionar e mover. E é por isso que coloco meu nome à disposição do Partido dos Trabalhadores para a Prefeitura Municipal de Contagem em 2016. Uma decisão amadurecida, após conversas com amigos, apoiadores, lideranças do meu partido e diversos segmentos da sociedade”, anunciou Rodinei.

Segundo ele, outra figura importante em sua iniciativa é a da Deputada Estadual Marília Campos (PT). “Dela, recebi incentivo para construir a minha pré-candidatura e para colocar meu nome para a disputa”. Ainda de acordo com Rodinei, a Deputada pode, em um futuro próximo, concentrar esforços para uma candidatura ao Senado, mas no caso de Marília mostrar a intenção de ser a cabeça de chapa em Contagem, de imediato cederia a vaga de pré-candidato.

Fazendo críticas ao governo Carlin Moura (PCdoB), Rodinei declarou que faz parte dos que acreditam que o Partido dos Trabalhadores deve ter candidatura própria à Prefeitura de Contagem em 2016, explicitando a divisão da bancada do PT dentro da Câmara. “Aqui, temos dois governistas e dois não governistas”, observou.

Seu companheiro de partido, vereador Obelino Marques, disse que não se trata de uma decisão definitiva, haja vista que o PT tem, por natureza, a discussão intrapartidária. Sobre isso, Obelino lembrou, inclusive, que foi voto vencido na ocasião em que a executiva do PT decidiu compor o governo municipal.

Obelino também não se furtou de fazer críticas ao governo Carlin Moura, e também se declarou a favor da candidatura própria do PT no ano que vem. Segundo o parlamentar, Marília Campos se mostra uma liderança de grande força e, mesmo que ela mesma não seja candidata, são grandes as chances de vitória para quem ela apoiar na cidade.

“Se o seu nome for escolhido no partido, pode ter certeza de que terá meu amplo e integral apoio e, mais que isso, o apoio de nossas bases. Você mostrou aqui não ser submisso, e essa é uma das grandes vantagens dos homens” finalizou Obelino.

O Contraponto do PT

Provocado a se pronunciar, o presidente do PT de Contagem, vereador Zé de Souza, esclareceu que a candidatura própria do partido e a consequente pré-candidatura de Rodinei será discutida coletivamente no ano que vem, momento que considera mais propício para as tomadas de decisões.

“Ainda não temos nada claro para ano que vem. Nossa composição com PCdoB não garantiu nenhum acordo para 2016, mas, hoje, o PCdoB representa o PT na Prefeitura de Contagem, e, por isso, compomos o governo”, analisou, aproveitando para deixar claro que não tem intenção de colocar seu nome como pré-candidato à Prefeitura.

Zé de Souza ainda contextualizou a aliança municipal com o PCdoB com as relações entre os dois partidos em níveis Estadual e Nacional, e declarou que, na disputa eleitoral do ano que vem, o rival é o PSDB. “O PT e o PCdoB não são só partidos aliados, são irmãos. A composição em Contagem não foi em função de cargos ou benefícios, mas porque as siglas estão sintonizadas em nível Estadual e Federal. Mas, com todo respeito, no ano que vem não queremos perder é para o PSDB, e é para isso que vamos trabalhar”, afirmou.

Outro petista a se posicionar foi Zé Antônio do Hospital Santa Helena. Em aparte, o vereador reconheceu o trabalho e a importância de Marília para Contagem, e negou que o PT seja dividido. “Hoje, o PT compõe a base aliada do PCdoB e não somos dois vereadores, somos quatro compondo o governo. Se a candidatura própria for decisão do partido, lutaremos para que a cidade seja do PT, mas caminhamos com o PCdoB até as convenções do ano que vem. Se for determinação, vamos entregar os cargos, mas até isso acontecer, estamos no governo”, enfatizou.