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Vereadores debatem enfrentamento às consequências das chuvas em Contagem

6 de fevereiro, por Leandro Perché

Um dos assuntos discutidos na primeira plenária de 2020 na Câmara Municipal de Contagem, nesta terça-feira (04/02), foram as consequências das chuvas intensas que têm castigado a cidade nas últimas semanas. Dezenas de requerimentos e indicações sobre o assunto foram apresentados e serão encaminhados aos órgãos competentes; e os parlamentares debateram as ações tomadas pelo poder público e as possíveis soluções para os problemas.

O vereador Dr. Rubens Campos (DC) foi o primeiro a tratar do tema, lembrando que, no final do último ano, o presidente da Câmara já cobrava um plano de ações para o período chuvoso. “O vereador Daniel Carvalho (PV) trouxe para esta Casa o assunto no final do ano, para que nos preparássemos para o período chuvoso, do ponto de vista da ajuda imediata e da prevenção. Não contávamos que São Pedro abriria tanto as torneiras, mas, se a gente for pensar, os locais críticos são exatamente aqueles que têm problemas há anos”, explicou.

Buscando reduzir os prejuízos causados pelas chuvas ao comércio, Vinícius Faria (PCdoB) destacou a importância de se incluir os comerciantes atingidos pelas chuvas entre os isentos do IPTU e de outros impostos municipais – medida já realizada pela Prefeitura a partir do Decreto 1.413, de 21 de janeiro de 2020. O parlamentar lembrou, ainda, da atuação dos vereadores nas comunidades, do trabalho da Defesa Civil e da solidariedade da população.

Faria requereu, ainda, que a tradicional Feirinha do  Bairro Amazonas, que foi devastada pelo temporal do dia 21 de janeiro – e, por isso, deslocada para a Av. Juscelino Kubitschek – volte a ser montada no local original. “A feira é patrimônio cultural do município e é algo que mexe com a população e o comércio da região. Os feirantes foram prejudicados pela chuva, foi necessária a mudança, mas todos já querem a feira de volta à avenida Alvarenga Peixoto”.

Outros vereadores elogiaram a atuação da Prefeitura de Contagem, incluindo a Secretaria de Defesa Social e a Defesa Civil. “Foi um trabalho de muito empenho e solidariedade da administração pública, da Defesa Civil, também das secretarias de Obras, de Saúde, de todos os servidores e comunidade”, parabenizou Arnaldo de Oliveira (PTB). “No dia 25 de janeiro, caminhei ao lado da Defesa Civil na região do Água Branca e vi o trabalho e a dedicação de todos os funcionários e voluntários”, completou Bruno Barreiro (PV).

Zé Antônio (PT) enalteceu o governo por abrigar as vítimas das chuvas nas escolas municipais; Alex Chiodi (SD) elogiou a atuação da equipe do secretário de Defesa Social, Décio Camargos, destacou que serão feitas intervenções em áreas de risco da região da Sede e lembrou que os imóveis comerciais atingidos na cidade serão isentos não apenas do IPTU, mas também, do ISS; e Daniel Carvalho reafirmou a importância da união e do planejamento.

“Em outubro, apresentei requerimento pedindo esclarecimentos da Secretaria de Defesa Social sobre o planejamento e a prevenção em relação às intensas chuvas de verão. Na primeira chuva, da tragédia na Barraginha, notei que a Prefeitura ainda estava se organizando para o atendimento. E, na tenebrosa sexta-feira, que trouxe muitos problemas, percebi uma organização muito grande do governo, com gabinete de crise e ação da Defesa Civil, com participação dos vereadores, o que acabou reduzindo os estragos. Devemos trabalhar ainda mais pela prevenção, para poupar vidas”, pontuou Carvalho.

Responsabilidade do Estado

Arnaldo de Oliveira aproveitou a oportunidade para responsabilizar as gestões estaduais passadas por históricos problemas de alagamentos em Contagem. “Para falar das enchentes, temos que voltar no tempo, pois já falei aqui sobre o que o Governo do Estado deixou de fazer ao longo desses anos. Desde a época da construção da Via Expressa, na década de 1990, deveria ter feito bacias de contenção e, no projeto, havia cinco dessas bacias a serem construídas pelo Governo do Estado em Contagem”, apontou o vereador.

O parlamentar, inclusive, citou onde seriam tais estruturas, que amenizariam os impactos das chuvas. “Uma delas seria na antiga Vila Esporte, no fundo da Magnesita, onde foi desapropriado 80 a 90%, mas está toda abandonada. Outra, na Vila Itaú, onde foi desapropriado em 70 a 80%, e nada foi feito. Na Vila Samag, no fundo do Hermes Pardini, foi desapropriado e nada do Governo do Estado fazer a bacia de contenção. No Riacho, entre a av. Firmo de Mattos e a rua Rio Volga, começaram a fazer a bacia, mas a abandonaram. Na Tereza Cristina, quando fizeram a avenida no fundo da Vilma, deveriam ter o córrego mais largo, com um parque que serviria de bacia de contenção, e nada”, citou.

Por fim, Jair Tropical (PCdoB) fez um apelo à Prefeitura de Contagem, ao Governo do Estado e ao Governo Federal, para que trabalhem juntos para reconstruir a cidade, realizar as obras necessárias de prevenção a enchentes, e, principalmente, para “oferecer moradia digna para as vítimas da chuva e para aqueles que se encontram em áreas de risco”, citando especificamente os moradores da Vila Barraginha.

Foto: Imagem retirada de vídeo de Léo Fontes/O Tempo.

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