O Legislativo tem intermediado reuniões entre associações e representantes de diversos setores de comércios e serviços e o Executivo. Na terça-feira (19/01), o vereador Léo da Academia (PL) promoveu o encontro de proprietários de academias com a prefeita Marília Campos (PT). O parlamentar ressaltou a dificuldade enfrentada pelo setor no ano passado: “Muitas academias encerraram suas atividades e para que consigamos manter o setor em funcionamento precisamos do apoio da Prefeitura”.
Os proprietários e representantes das academias fizeram um apelo à prefeita Marília Campos para que não haja novamente a suspensão do funcionamento das academias. A prefeita se mostrou favorável ao funcionamento das atividades econômicas, incluindo as academias, mas comentou o problema da informalidade no setor: “A gente recebe denúncias de muitos pontos funcionando sem obedecer aos protocolos de enfrentamento à Covid-19, precisamos de um compromisso de vocês nessa conscientização e fiscalização”.
Sem negar a observação da prefeita, Léo da Academia informou que está em andamento a formação de uma associação para intervir em assuntos como esse. “Pretendemos criar a Associação das Academias de Contagem para incentivar a formalização e oferecer suporte aos estabelecimentos em todos os aspectos, inclusive no enfrentamento à pandemia. Nosso objetivo é melhorar a comunicação e organizar o setor, que entendemos ser essencial porque o esporte envolve a saúde das pessoas. Além disso, existe o aspecto econômico, a manutenção do funcionamento dessas academias significa a manutenção de empregos, pagamentos de impostos, o que é muito importante para o município”, defendeu.
O proprietário de academia Rangel Júnior explicou todos os protocolos que vêm sendo adotados. “Temos respeitado todas as normas, trabalhamos com limitação de pessoas e agendamento, distanciamento, higienização, obrigatoriedade do uso de máscaras, aferição de temperatura e outras medidas para garantir um ambiente seguro. Por meio dessa associação que estamos criando, vamos cadastrar as academias da nossa cidade e auxiliar na adoção dos protocolos de segurança, além de fiscalizar para que todas cumpram. Entendemos a urgência e a necessidade de conscientização e vamos trabalhar para isso”, comprometeu-se.
A prefeita recomendou, então, a normatização de um protocolo específico para as academias, validado pela Secretaria Municipal de Saúde. O vereador Léo da Academia, em parceria com os proprietários e representantes do setor, encaminhará ao Executivo, nos próximos dias, as medidas que vêm sendo adotadas pelas academias para auxiliar na elaboração desse protocolo.
Educação
Na quarta-feira (20/01) foi a vez do grupo que representa as escolas particulares de Contagem se reunir com a prefeita Marília Campos. O presidente da Câmara, vereador Alex Chiodi (Solidariedade), intermediou o encontro. Chiodi destacou a angústia em que vive o setor desde o início da pandemia: “Muitas escolas não vão mais abrir, não conseguiram sobreviver arrecadando muito menos e tendo que arcar com os mesmos impostos e folhas de pagamentos”.
Na ocasião, os representantes das escolas particulares reforçaram a fala do vereador, apresentando todas as dificuldades que vêm enfrentando e reivindicando o retorno das aulas presencias. “Estamos preparados para o retorno a partir de fevereiro, todas as instituições fizeram adaptações à proposta pedagógica, também à estrutura física para atender aos protocolos de segurança. Além das questões tecnológicas, porque pretendemos adotar o sistema híbrido, atendendo presencialmente e virtualmente, tanto para respeitar o distanciamento em sala de aula, trabalhando com revezamento de alunos, como para atender aqueles que ainda não se sintam seguros para o retorno”, afirmou Cristiane Boaventura, representante do SINEP (Sindicato das Escolas Particulares de Contagem).
Cristiane ressaltou ainda o problema enfrentado pelos pais atualmente: “A maioria dos pais já voltaram a trabalhar, nossas crianças e adolescentes não têm onde ficar de forma segura, com profissionais qualificados. Esses pais acabam recorrendo a serviços não regulamentados”.
A Secretária Municipal de Educação, Telma Ribeiro, confirmou que a Secretaria tem recebido muitas denúncias de serviços clandestinos, além de funcionamento irregular de algumas instituições. Entretanto, a secretária afirmou que é complicado estabelecer normas diferentes para os setores público e privado. O vereador Alex Chiodi interviu, destacando que, embora seja delicado, há de se observar que são realidades diferentes. “A escola privada quebra”, enfatizou.
A representante do SINEP salientou a não adesão às matrículas, o que agrava ainda mais a situação das instituições. “Os pais temem o encerramento das atividades e não têm realizado as matrículas, a abertura das escolas é essencial”, defendeu.
A prefeita Marília Campos lembrou que o Estado já sinalizou uma previsão de retorno para março, concordou que estabelecer comportamentos diferentes para a rede pública e para as escolas particulares é delicado, mas disse compreender a crise do setor e pediu que o debate fosse aprofundado para que uma solução seja encontrada.
Assim, Carla Costa, diretora de uma escola de ensino infantil da cidade, propôs o retorno imediato dos atendimentos de berçário, hotelzinho e atividades extracurriculares, em geral: “Não há um impacto direto na rede pública porque não há a oferta dessas atividades lá. A volta desses serviços nos garante uma sobrevida, além de sinalizar aos pais a abertura da escola, incentivando a matrícula e continuidade da parceria”.
A prefeita, a secretária de Educação e o Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico, René Vilela, mostraram-se favoráveis à ideia e pediram um prazo para autorizarem o retorno das atividades extracurriculares da educação infantil nas escolas particulares. Sobre a volta às aulas presenciais, sinalizaram que será necessário mais debate com o Sistema Municipal de Ensino e com o Comitê Municipal de Enfrentamento à Covid-19.
O presidente Alex Chiodi pediu urgência nesse retorno: “Pela gravidade que se encontra esse setor, que é de extrema importância para o município, afinal, contempla 190 instituições em Contagem, são mais de três mil trabalhos diretos, precisamos intervir logo para socorrer essas escolas”.
Diante da reivindicação, ficou pré-agendada uma nova reunião para a próxima quarta-feira, dia 27, em que está previsto o retorno sobre a autorização de funcionamento das atividades extracurriculares e a definição do protocolo específico de funcionamento, que será avalizado pela Secretaria Municipal de Saúde.
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