A tragédia que assola o Rio Grande do Sul ocupa os noticiários, as redes sociais e as conversas informais. Para além da mobilização na arrecadação de água, comida, roupas e de tudo aquilo que é essencial para quem perdeu absolutamente tudo, a discussão que vem à tona é: o que podemos fazer para evitar esses episódios catastróficos?
Durante a reunião plenária desta terça-feira (14/05), o vereador Pastor Itamar (PRD) destacou um requerimento de sua autoria no qual solicita à Prefeitura de Contagem informações sobre planos de contingência e mitigação de prejuízos em situações de calamidades naturais.
O requerimento buscava respostas, especificamente, sobre os planos das secretarias de Obras e Meio Ambiente para a prevenção de alagamentos. “Quais as áreas de risco geológico e alagamento monitoradas pela Defesa Civil no município? Existe algum plano de ação específico para mitigar risco de inundação nessas áreas? Qual o cronograma de obras para as bacias de contenção, em especial a do Córrego do Ferrugem? Há recursos suficientes para conclusão das obras das bacias de contenção? Existe algum impedimento legal ou técnico para a conclusão das sombras dessas bacias de contenção?”, questionou.
Segundo o parlamentar, haja vista a imprevisibilidade desses acontecimentos, é necessário que municípios, estados e país tenham medidas concretas e preparadas para a possível ocorrência. “Gostaria que a prefeitura tranquilizasse o povo da nossa cidade com informações de como poderia lidar com desabrigados, busca desaparecidos, assistência às famílias, projetos e planos para, caso seja necessário, podermos dar a melhor resposta aos cidadãos”, disse.
Tribuna Livre
A Tribuna Livre da reunião seguiu a mesma linha, com a presença da presidente do Instituto Droma Romani, Cláudia Mayla, que falou sobre ações ambientais de combate à degradação ambiental urbana, propondo uma reflexão sobre a nossa relação com o meio ambiente.
Usando dados da Organização das Nações Unidas (Onu) que calculam que, até 2050, 70% da população mundial estará vivendo em ambiente urbano – ou seja, 6,5 bilhões de pessoas ocupando 3% do território do planeta -, Cláudia chamou a atenção para o consumo mundial de energia e emissão de gases que aceleram o efeito estufa.
“Estudos realizados Instituto Federal de Tecnologia de Zurique apontam que a reparação florestal é a melhor opção contra as mudanças climáticas”, relatou, explicando, ainda, que serão necessários pelo menos 100 anos para o desenvolvimento de florestas maduras que possam causar uma redução significativa de carbono.
Desta forma, Cláudia solicitou aos vereadores e ao Executivo um empenho no estabelecimento de critérios municipais que estimulem o uso de combustíveis sustentáveis e que promovam a recuperação de áreas degradadas, com o devido reflorestamento, e a preservação das matas remanescentes.
Ela salientou, ainda, que a recuperação do meio ambiente pode estar intrinsecamente aliada a ações como a promoção da criação de empregos verdes em setores de energia renovável, a agricultura orgânica e a gestão de resíduos como fonte de renda para indivíduos em situação de vulnerabilidade social.
Por fim, Cláudia solicitou ao vereador Zé Antônio do Hospital Santa Helena (PT) – que articulou sua participação na Tribuna Livre – a intermediação para a realização de uma audiência pública, na Câmara de Contagem.
“Vamos encaminhar ao Zé Antônio o pedido de realização da Audiência Pública com representantes dos diversos segmentos sociais ligados a questões de ordem ambiental no município, para encontrarmos um caminho para o equilíbrio ambiental e a preservação da vida humana”, finalizou.
O vereador se prontificou a fazer com que a audiência se torne realidade, indicando a necessidade da contratação de pessoas técnicas nos cargos que lidam e gerenciam as questões ambientais nas cidades. O presidente da Câmara, vereador Alex Chiodi (União), finalizou agradecendo a participação do instituto e destacou a iniciativa recente do Legislativo de instalar placas fotovoltaicas para a geração de energia do prédio da Câmara.
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