A Tribuna Livre da última terça-feira (16/09) foi utilizada pela AMC – Associação pela Música de Contagem, representada, na ocasião, por seu presidente, Jones Luiz, e pelo vice-presidente, Wallace Soares. Além de relatarem a história e a fundação da entidade, eles solicitaram a ajuda da Câmara Municipal na revisão de legislações municipais referentes aos agentes culturais da cidade.
A primeira delas é a Lei Municipal nº 5.000/2019, conhecida como “Lei Vander Lee”, que dispõe sobre a apresentação cultural de artistas de rua nos logradouros públicos do Município de Contagem. A outra é a Lei nº 5.336/2023, que cria a ação “Nossos Talentos” para priorizar a participação de artistas de diversos segmentos culturais da cidade na abertura de eventos artísticos e musicais com financiamento público municipal.
Sobre esta última, Jones citou como exemplo o show promovido pela Prefeitura de Contagem no Espaço Popular, por ocasião do aniversário da cidade. Antes da apresentação principal, de Nando Reis, alguns artistas locais tiveram a oportunidade de se apresentar ao público.
“Alguns artistas da nossa associação se apresentaram para milhares de pessoas, coisa que, em suas histórias de mais de 20 anos de música, não tiveram oportunidade”, disse Jones, pedindo ainda que o acesso desses agentes culturais seja mais transparente e democrático, com oportunidades para todos.
Origem e fortalecimento
Segundo Wallace Soares, a AMC surgiu no contexto da pandemia de Covid-19, diante das restrições impostas por decretos municipais que limitavam aglomerações. “Mesmo depois da flexibilização do funcionamento dos bares, os músicos continuaram impedidos de trabalhar. Fizemos um “apanhado”, uma manifestação e, em poucas horas, já tínhamos mais de mil músicos adeptos, com mais de 6 mil pessoas envolvidas indiretamente”, explicou, ressaltando que a mobilização da classe no município era um sonho de pelo menos 20 anos.
Desde então, conforme o vice-presidente, a associação tem mantido e ampliado o diálogo com diversos setores, inclusive com o poder público. “A Associação é apartidária, e queremos manter diálogo com todos, porque Contagem é um celeiro de artistas, tem muita gente boa na cidade que precisa ter, cada vez mais, a sensação de pertencimento com o município”, destacou Jones.
Fruto dessas interações, a entidade conquistou recentemente sua primeira sede, localizada na parte inferior do Espaço Popular de Contagem. Segundo Jones, o local, que estava abandonado e servia de abrigo para pessoas em situação de rua, foi revitalizado e hoje representa um espaço de reunião e inclusão. A AMC pretende ainda utilizá-lo para oficinas, cursos e até mesmo um estúdio popular.
Encerrando a Tribuna Livre, o presidente da Câmara, vereador Bruno Barreiro (PV), comprometeu-se a agendar reunião com a Comissão de Cultura da Casa, composta pelos vereadores Moara Saboia (PT), Fatinha Manancial (União) e Junior Zica (União), a fim de discutir a possibilidade de revisão das legislações aprovadas pelo Legislativo que tratam da atuação dos artistas da cidade.
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