ACESSO RÁPIDO
acessibilidade

Legislativo de Contagem abre espaço novamente para reivindicações da Educação

24 de setembro de 2014, por Leandro Perché

O Sind-Ute Contagem questiona três projetos do Executivo que alteram cargos, jornada e condições de trabalho de alguns servidores da Educação.

A Câmara Municipal de Contagem recebeu, na reunião plenária desta terça-feira (23), mais uma vez, representantes do Sind-Ute (Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais). O objetivo dos servidores municipais da Educação foi protestar e buscar apoio dos vereadores contra alguns pontos de três projetos de lei complementar (PLC) enviados pelo Executivo para tramitação na Câmara.

O PLC 014 se relaciona à flexibilização da jornada de trabalho de servidores efetivos da Educação, seja para redução ou ampliação das horas, com a adequação proporcional do salário às horas trabalhadas. Já o projeto 015 cria cargos de provimento efetivo de professor de educação básica 3 e de pedagogo 2, ambos com jornada de trabalho de 40h semanais, e que atuarão em regiões “com característica de risco e vulnerabilidade social”. E o PLC 016 cria o cargo de professor de educação infantil também de 40h semanais.

Durante a plenária, o vereador Alex Chiodi (SDD), membro da Comissão de Educação da Câmara, falou sobre os projetos. “Os PLCs chegaram a esta Casa há 20 dias, e sua discussão tem sido feita constantemente. Com participação da Comissão de Educação e do Sindicato, conseguimos várias correções no 014, que foram avanços importantes. Mas os outros dois só foram encaminhados para a Comissão nesta semana, e o mesmo processo será utilizado, para avaliarmos as alterações possíveis, antes de entrarem em pauta”.

Após a reunião do Legislativo, o presidente da Câmara, vereador Gil Antônio Diniz – Teteco (PMDB), abriu espaço para que os representantes dos servidores da Educação expusessem os pontos em desacordo com os três projetos de lei complementar. E a coordenadora do Sind-Ute, Sueli Rocha, aproveitou para explicar os pontos citados em um manifesto distribuído pelo Sindicato para os vereadores.

Reivindicações

Em relação ao PLC 014, o manifesto destaca que, com participação da Câmara nos debates, houve avanço em alguns pontos, incluindo o abono, o pagamento das agentes de educação infantil e a possibilidade de considerar os vencimentos da flexibilização na aposentadoria. No entanto, haveria ainda discordâncias na redação, principalmente no que diz respeito a questões da carreira, como quinquênio, e em questões previdenciárias.

Sobre os outros dois projetos, os servidores questionam o valor da remuneração e a jornada de trabalho dos novos cargos. Especificamente sobre o 015, o Sindicato quer sua retirada, pois afirma que representará “uma divisão na carreira e uma precarização do trabalho”. Questiona a criação dos cargos em tempo integral para atuar em regiões de vulnerabilidade social, sem que o projeto garanta maior valorização dos profissionais ou a garantia de melhoria na estrutura das escolas.

Sueli Rocha propôs o debate desses pontos, e reclamou da falta de investimento na Educação. “A avaliação que fazemos é da tentativa do governo em economizar em cima da Educação, que é uma pasta que deveria ser vista como uma questão de investimento. Criar um cargo com jornada de 40h e sem estrutura nas escolas é inviável e demonstra apenas a vontade de economizar”.

Sobre o PLC 015, a sindicalista ressalta que, para fixar profissionais em áreas de vulnerabilidade social, o poder público deve, primeiramente, oferecer condições dignas para a população dessas regiões. Ela questiona, ainda, a criação de cargos de período integral sem uma política municipal estruturada de educação integral. “Precisamos pensar nessas questões, para avaliar a qualidade da educação que esse profissional vai ofertar e qual a qualidade de vida desse profissional nas condições em que está sendo exposto”, completou.

Após a fala de outros sindicalistas e servidores, que reafirmaram as posições de Sueli, os vereadores Zé Antônio (PT), Obelino Marques (PT) e William Barreiro (PTdoB) falaram em nome do Legislativo, se dispondo a continuar participando ativamente dos debates com o poder Executivo para reduzir os desacordos e continuar avançando na Educação do Município.

Veja mais notícias

PL incentiva mobilização masculina pelo fim da violência contra a m...

Mais de um terço das mulheres brasileiras sofreram algum tipo de violência no ano de 2024. O número representa 21,4 milhões de mulheres com 16 anos...

30 de abril, por Marco Túlio de Sousa

PL pretende instituir campanha municipal contra cigarros eletrônicos

Um projeto de lei (PL 010/2025), de autoria do vereador Daniel Carvalho (PSD), aprovado em segundo turno e redação final nesta terça-feira (29), te...

29 de abril, por lorena.carazza

Prioridade para pessoas com doenças raras pode virar lei em Contagem

No Brasil, o direito ao atendimento prioritário da pessoa com deficiência (PCD) é assegurado pela Lei nº 13.146/2015, que institui a Lei Brasileira...

29 de abril, por lorena.carazza
Todos os direitos reservados a Câmara Municipal de Contagem