Mais uma vez a destinação da Upa Sede – Unidade XVI foi tema de discussão em plenário. Na última reunião ordinária da Câmara, realizada na manhã de terça-feira (01/02), o vereador Daniel Carvalho (PL) questionou o fechamento da unidade em novembro do ano passado, mesmo depois de várias reuniões com o Executivo, população, Conselho Municipal de Saúde e a Câmara.
Daniel relembrou que em outubro de 2021, depois de muita polêmica sobre o possível fechamento da Unidade XVI, a Prefeitura se comprometeu em não fechar a unidade, que passaria, no entanto, por reformas e adaptações para acomodar um Centro de Atenção Psicossocial (Caps AD).
“Estou realmente tentando entender esse fechamento, em novembro. Até mesmo porque vivemos ainda um período pandêmico, a própria prefeita falou hoje, aqui, que as UBSs da cidade estão lotadas e que essa semana tivemos um aumento de 200% de casos de Covid na região meltropolitana”, questionou.
No mesmo sentido, o vereador Hugo Vilaça (Avante) disse que, em conversa recente com o secretário de Saúde, Fabrício Simões, o mesmo havia garantido que a Upa Sede não fecharia. “Escola e unidade de saúde são coisas que não se fecham”, reclamou.
O presidente Alex Chiodi (Solidariedade) também se manifestou a respeito do tema, reivindicando explicações da Secretaria de Saúde sobre a Upa Sedel. O presidente disse, ainda, que não há indícios do início da reforma que seria feita na Unidade, e lamentou o fechamento de um equipamento de saúde no meio da pandemia. “Estou desde a semana passada aguardando uma audiência com a secretaria de Saúde para discutir o tema. Convido a Comissão de Saúde da Casa e os demais vereadores a participarem deste encontro”, disse.
Encontro da Secretaria de Saúde
Um dia após as discussões em plenário, o presidente Alex Chiodi, acompanhado do presidente da Comissão Permanente de Saúde da Câmara, vereador Vinícius Faria (Republicanos), e dos vereadores Moara Saboia (PT), Ronaldo Babão (Cidadania) e Daniel Carvalho, esteve na secretaria de Saúde para discutir a questão da Upa Sede.
Recebidos pelo secretário de Saúde e por uma equipe da secretaria, os vereadores externaram preocupação com o futuro da Upa Sede. Chiodi disse que o momento da saúde em Contagem é delicado e que os vereadores têm escutado cobranças e reclamações por parte da população, especialmente moradores da região da Sede, que não se conformam com o fechamento da Upa.
Outra reivindicação foi a permanência do atendimento de urgência e emergência da Upa Sede, mesmo depois que for concluída a sua reforma e adaptação para abrigar o Centro de Atenção Psicossocial (Caps AD) e uma Unidade Básica de Saúde (UBS). Para os vereadores, é possível oferecer aos cidadãos da região da Sede um serviço de atenção primária e também de pronto atendimento, levando em consideração a robustez da estrutura do local.
Outra ideia dada pelos parlamentares foi a manutenção do horário estendido de atendimento no local. Desde 28 de dezembro do ano passado, com o propósito de acelerar e melhorar o atendimento dos pacientes com sintomas gripais leves, a Prefeitura ampliou o horário de algumas UBSs – para até 20h, em dias de semana – visando à diminuição no tempo de espera por atendimento a pacientes com síndrome gripal nas Upas.
Os vereadores cobraram também reformas e melhorias nas demais Unidades Básicas de Saúde da cidade, além da reabertura imediata da Unidade localizada dentro do Ceasa Minas, inaugurada em 2018. Vinícius Faria cobrou a presença da Secretaria de Obras na Câmara, a fim de listar as necessidades de reformas e reparos nas UBSs da cidade.
Por fim, Chiodi sinalizou a necessidade da colocação de uma faixa ou qualquer tipo de informativo na porta da Unidade XVI, para que a população esteja ciente de que o local em breve passará por reformas e voltará a atender a demanda da Saúde da regional Sede.
O secretário explicou que o projeto de reforma da Unidade XVI já está pronto e aprovado, aguardando somente a execução pela secretaria de Obras e Serviços Urbanos. Fabrício concordou com a necessidade da sinalização de reforma da UPA, como forma de dar satisfação sobre o fechamento temporário da unidade à população.
Sobre o horário estendido de atendimento, o secretário explicou que após a reabertura da Unidade XVI – que vai garantir, a princípio, uma UBS e um Caps, sem pronto atendimento – poderá ser colocado em prática desde que o município consiga recursos do programa federal “Saúde na Hora”. A extensão de horário praticada atualmente é, de acordo com o Secretário, muito dispendiosa para o Executivo, que ainda não conta com apoio financeiro do Governo Federal para este fim.
Com o “Saúde na Hora”, o Governo Federal destina recursos financeiros aos municípios e Distrito Federal para a implantação do horário estendido de funcionamento das Unidades de Saúde da Família (USF) e Unidades Básicas de Saúde (UBS). As unidades de saúde habilitadas vão receber, até dezembro de 2022, mais de R$110 milhões para garantir atendimento à população durante um período maior.
Por fim, ficou programada, em data e horário ainda a serem definidos, uma reunião conjunta, na Câmara, com as secretarias de Saúde e de Obras, com o objetivo de listar todas as intervenções estruturais programadas e as demandadas nos diversos equipamentos de saúde de Contagem.
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