Sind-Ute, alunos e professores da Educação e Jovens Adultos (EJA) pedem intervenção da Câmara por entendimentos com a Secretaria de Educação.
A plenária desta semana na Câmara de Contagem foi marcada pela presença do Sind-Ute Contagem (Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais), acompanhado de professores e alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA), com cartazes de protesto contra a reestruturação do programa no Município, e pedindo a realização de uma audiência pública sobre o assunto.
De acordo com a presidente do sindicato, Patrícia Pereira, há algumas semanas, a Secretaria Municipal de Educação (Seduc) informou aos dirigentes escolares e ao Sind-Ute sua intenção de reorganizar a EJA no município, considerando que o número de frequentadores regulares do curso (1.120) é bem inferior ao de matriculados (2.700). Diante disso, haveria o fechamento de turmas e turnos em algumas das 26 escolas que recebem esses estudantes.
Após a reunião ordinária, o grupo foi recebido pela Comissão de Educação da Casa, representada por seu presidente, Abne Motta (PRD), e pela relatora, vereadora Moara Saboia (PT), que se comprometeu a buscar entendimentos com a Seduc, para que a comunidade escolar seja ouvida e considerada.
Os representantes da EJA pediram a intervenção dos vereadores pela realização de uma audiência pública envolvendo os estudantes, professores, dirigentes escolares e sindicato, além da Secretaria de Educação, para que todos exponham seus pontos de vista e consigam chegar a um consenso em relação à reorganização do programa. Patrícia Pereira ressaltou que isso teria sido negado pela Seduc, que estaria disposta a fazer as alterações sem diálogo.
“Precisamos entender quais são esses dados e conversar sobre eles, buscando soluções coletivas para essa questão, que a Secretaria está chamando de problema. Para nós, a EJA não é um problema, mas uma oportunidade, uma política pública para aqueles que, em algum momento da vida, tiveram o direito à Educação negado e agora retomam os estudos. Não podemos permitir o fechamento dessas unidades escolares”, pontuou a sindicalista.
Duas estudantes presentes – Rosalva de Melo, de 65 anos, e Selma Valadares, de 62 anos – ressaltaram a importância da EJA como ferramenta de oportunidade, de autoestima e até de saúde mental para os matriculados. Elas listaram as dificuldades enfrentadas e o empenho de cada aluno, e fizeram um apelo à Comissão, para que os ajudem preservar as vagas do programa.
Por fim, Abne Motta sugeriu a formação de uma comissão mais ampla e diversa, e a marcação de reunião com a Seduc, e Moara Saboia se comprometeu a fazer a interlocução com o governo. Por sua vez, o Sind-Ute ressaltou a urgência do encontro com a Secretaria, para que os entendimentos ocorressem antes do processo eleitoral para dirigentes escolares, e ficaram de dar retorno sobre a formação da comissão e a marcação de uma reunião ainda para esta semana.
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