Tema na ordem do dia das discussões na imprensa, nas ruas e nas redes sociais, a violência contra a mulher foi assunto da reunião plenária da última terça-feira (01).
Solidária à campanha “Não mereço ser estuprada”, a vereadora Isabella Filaretti (PTB) levantou a questão, mostrando-se perplexa com os resultados de uma pesquisa realizada em 2013 pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada com quase 4 mil pessoas. O levantamento indicou que 65% dos entrevistados acreditam que mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas, e 58,5% concordam que, se as mulheres soubessem se comportar, haveria menos estupros.
A vereadora revelou alguns dados sobre a violência contra a mulher e demonstrou sua indignação. “Mais de 527 mil pessoas são estupradas por ano no Brasil. 89% desse total são mulheres, e elas não são as culpadas por isso. E apenas 10% chegam à polícia. Estupro é crime e não é causado pela vítima em nenhuma hipótese. É impressionante como o mundo continua machista; um absurdo”.
“A roupa é autoestima e cultura, e o tipo de roupa não pode ser desculpa para a prática desse crime, dessa violação dos direitos humanos. A população tem que mudar esse conceito apresentado pela pesquisa. Eu não mereço ser estuprada, assim como nenhuma mulher merece”, completou Filaretti.
Em aparte, o líder de governo na Câmara, vereador Arnaldo de Oliveira (PTB), parabenizou a parlamentar por ter levado o assunto ao Legislativo e também externou seu espanto com o indicado pelo estudo. “Essa pesquisa é assustadora, porque, com muito trabalho e dedicação, a mulher passou a ocupar todos os espaços da sociedade, e temos, inclusive, uma mulher na Presidência da República. Então, essa pesquisa acaba indicando que a nossa sociedade está doente e precisa mudar seu pensamento. Cabe a nós debatermos o tema e investirmos na educação, para que tenhamos gerações mais conscientes”, concluiu.
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