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Contagem adere ao movimento Maio Amarelo e discute ações para segurança no trânsito

9 de maio, por lorena.carazza

O plenário da Câmara Municipal de Contagem foi todo decorado com balões amarelos para a 13ª reunião ordinária. O motivo foi a adesão do Legislativo ao movimento “Maio Amarelo”, de abrangência mundial, que busca chamar a atenção para o alto índice de mortos, feridos e sequelados permanentes em acidentes de trânsito em todo o mundo.

O vereador Arnaldo de Oliveira (PTB) usou a palavra para falar sobre a origem, objetivo e importância do “Maio Amarelo”. O vereador aproveitou a oportunidade para justificar um requerimento de sua autoria, que solicita à Transcon a extensão do tempo para a travessia dos sinais de pedestre da cidade. O mesmo requerimento chama a atenção para a necessidade de garantir rebaixamento do meio-fio nos locais de travessia, contemplando as pessoas com deficiência e mobilidade reduzida.

O requerimento do parlamentar é respaldado por um estudo realizado pela Universidade de São Paulo que mostra que 97% dos idosos não conseguem completar a travessia de ruas e avenidas no tempo programado do semáforo de pedestres. Segundo Arnaldo, a pesquisa, feita com mais de mil idosos, mostrou que, em média, os temporizadores exigem que as pessoas atravessem as ruas em uma velocidade de 4,3 km/h, “mas a média de velocidade alcançada pelas pessoas com mais de 60 anos é de cerca de 2,7 km/h”, como explicou o vereador.

De acordo com Arnaldo, a questão da insuficiência de tempo para a travessia é uma reclamação recorrente entre os idosos do município e, por isso, é tema bastante debatido entre os conselhos municipais do Idoso e da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida.

“Contagem tem um grande fluxo de veículos, tem em seu território rodovias federais, um anel rodoviário e mais de 200 mil veículos emplacados, fora os milhares que transitam diariamente. Iniciamos, hoje, uma caminhada para conclamar a todos para uma sociedade humanizada e segura, harmonizando motoristas e pedestres em favor da vida” encerrou Arnaldo.

Além de dezenas de idosos participantes dos grupos de convivência da cidade, a reunião plenária foi acompanhada por membros da Transcon, do Conselho Municipal do Idoso, do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência, das coordenadorias de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa e da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, além do professor Cleber Jovino, coordenador da Universidade Aberta a Pessoa Idosa da Faculdade Una de Contagem.

Maio Amarelo por uma causa nobre

A Organização Mundial de Saúde (OMS) contabilizou que, em 2009, cerca de 1,3 milhão de pessoas morreram em acidentes de trânsito, em 178 países. Outras 50 milhões de pessoas sobreviveram com sequelas. Estes números alarmantes levaram a ONU – Organização das Nações Unidas a editar, em Assembleia-Geral, uma resolução definindo o período entre 2011 e 2020 como a “Década de Ações para Segurança no Trânsito”.

Desta forma, assim como o “Outubro Rosa” e o “Novembro Azul”, campanhas que chamam a atenção para os cuidados e combate ao câncer de mama e de próstata, respectivamente, o “Maio Amarelo” surge para chamar a atenção para a nona maior causa de mortes no mundo: acidentes de trânsito.

No Brasil, o Observatório Nacional de Segurança Viária coordena o movimento “Maio Amarelo”, que pretende suscitar ações conjuntas entre a sociedade civil organizada, poder público, empresas, entidades de classe, entre outros, que visem a debater de forma efetiva estratégias para a diminuição dos acidentes viários.

Para ser apoiador do movimento, basta acessar o site do “Maio Amarelo” – maioamarelo.com, preencher um documento, chamado de “carta-compromisso” e encaminhar para o email euapoio@maioamarelo.com. Há informações também no próprio site do Observatório Nacional de Segurança Viária.

Números Impactantes

  • Em 2009, 1,3 milhão de pessoas morreram em acidentes de trânsito e 50 milhões sobreviveram, mas ficaram com sequelas.
  • É a nona maior causa de mortes no mundo.
  • Três mil pessoas morrem todos os dias, no mundo, em razão de acidentes viários.
  • É a maior causa de mortes na faixa etária entre 15 e 29 anos, o segundo na faixa de 5 a 14 anos e terceiro na faixa de 30 a 44 anos.
  • Atualmente, esses acidentes já representam um custo de US$ 518 bilhões por ano ou um percentual entre 1% e 3% do PIB (Produto Interno Bruto) de cada país.
  • Se nada for feito, a OMS estima que 1,9 milhão de pessoas devem morrer no trânsito em 2020, passando para a quinta maior causa de mortalidade. Em 2030, esse número pode chegar a 2,4 milhões.
  • A intenção da ONU com a “Década de Ação para a Segurança no Trânsito” é poupar, por meio de planos nacionais, regionais e mundial, cinco milhões de vidas até 2020.
  • O Brasil aparece em quinto lugar entre os países recordistas em mortes no trânsito.
  • O problema é mais grave nos países de média e baixa rendas. A OMS estima que 90% das mortes acontecem em países em desenvolvimento, entre os quais se inclui o Brasil. As previsões da OMS indicam que a situação se agravará mais justamente nesses países, por conta do aumento da frota, da falta de planejamento e do baixo investimento na segurança das vias públicas.

*Dados obtidos no site do “Maio Amarelo”.

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