ACESSO RÁPIDO
acessibilidade

Servidores da Educação pedem intervenção da Câmara pela valorização da categoria

6 de março de 2024, por Leandro Perché

Após manifestações na plenária, os trabalhadores foram recebidos pela Comissão de Educação da Câmara, que se comprometeu a buscar o diálogo

A plenária desta semana na Câmara de Contagem ficou marcada pela presença, nas galerias, de representantes dos servidores municipais da Educação. Apoiada pelo Sind-Ute (Sindicato Único dos trabalhadores em Educação de Minas Gerais), a categoria portava faixas e cartazes cobrando mais diálogo com o poder Executivo, no sentido de negociar as reivindicações da campanha salarial de 2024, apresentadas aos vereadores pelos dirigentes sindicais.

Dentre os principais pontos da pauta de reivindicações, está a recomposição salarial de 31,2% retroativo a janeiro; a definição do piso para o quadro administrativo; o pagamento retroativo de quinquênios congelados; e o reajuste ou a consessão de outros benefícios. Há também uma cobrança muito grande em relação à falta de professores na rede; por isso, pedem a nomeação imediata de aprovados em concursos; a realização de mais processos seletivos; a adição em contratos de trabalhos vigentes; maior flexibilização para cumprimento de jornada ampliada; e incentivo para a lotação em algumas escolas, entre outros.

Durante a plenária, o presidente da Câmara, vereador Alex Chiodi (SD), relembrou da participação efetiva do Legislativo nas conquistas dos servidores municipais nos últimos anos. E garantiu que todos os vereadores estão sensíveis à causa, e buscarão o entendimento entre os trabalhadores e a Prefeitura.

“Antes de ser presidente, estive por muitos anos na Comissão de Educação, e conseguimos juntos muitos avanços para a categoria. Na minha gestão à frente da Câmara, fizemos com que a Comissão passasse a ser permanente, o que permitiu que trabalhássemos com mais efetividade pela melhoria da Educação e pela valorização dos servidores do município. Nosso papel é criar pontes de diálogo entre a categoria e o Executivo e, por isso, nossa Mesa Diretora e a Comissão vão acompanhar as negociações e fazer o debate”, destacou Chiodi.

Em relação à campanha salarial de 2024, o presidente do Legislativo relatou que já esteve com a secretária municipal de Educação, Telma Ribeiro, externando sua preocupação com “a falta de professores na rede municipal, principalmente por não existirem mais servidores aprovados em concursos para serem convocados e também porque ainda não foram feitas as flexibilizações para suprir algumas ausências. A Telma me garantiu que, até semana que vem, essas flexibilizações serão liberadas para atender a demanda”, pontuou.

Os vereadores Moara Saboia (PT) e Abne Motta (sem partido) também se manifestaram favoravelmente ao diálogo. “Quero deixar registrado nosso pedido para a prefeita Marília Campos – e tenho certeza que ela vai atender – que abra a mesa de negociações com os trabalhadores da Educação”, ressaltou a vereadora. “Estamos passando por momentos difíceis na Educação e, por isso, a Comissão está à disposição para cobrar que a Prefeitura cumpra a sua função e a lei, em relação à flexibilização e ao piso salarial desses servidores”, manifestou Motta, que é presidente da Comissão de Educação da Casa.

Por fim, Chiodi se mostrou otimista com a resolução do impasse, lembrando os “grandes avanços, com participação da Câmara, em relação à política de valorização dos servidores executada pela gestão Marília Campos nos últimos três anos”.

Comissão de Educação

Atendendo a uma solicitação da presidência da Câmara, a Comissão de Educação se reuniu, após a plenária, com o Sind-Ute. Na oportunidade, os representantes dos servidores reclamaram da falta de diálogo por parte da Prefeitura de Contagem e apresentaram sua pauta de reivindicações para os vereadores Abne Motta e Pastor Itamar (PSC), pedindo intervenção do Legislativo nas negociações.

Foram debatidas, principalmente, questões relacionadas à falta de professores, sobretudo nas regiões de Vargem das Flores, Ressaca e Nacional; à necessidade de valorização da categoria, incluindo servidores administrativos; e à urgência de aplicar a flexibilização das jornadas de trabalho na rede.

“Desde novembro do ano passado, estamos procurando o governo para negociação e escuta das nossas demandas, para que o caos não se instale no período letivo, e não entendemos por que ainda não fomos recebidos. Avançamos na realização de concursos, nas nomeações e em alguns projetos que passaram pela Câmara, mas precisamos discutir questões de reajuste e as possíveis soluções para a carência de profissionais na rede”, destacou a presidente do Sind-Ute Contagem, Patrícia Pereira. “Contamos com apoio da Câmara para avançar nessas questões”, completou.

Os vereadores presentes se comprometeram a buscar uma solução e, por meio da Comissão de Educação, encaminhar ofício para as secretarias de Educação e de Governo solicitando uma reunião entre governo, parlamentares e trabalhadores. Abne Motta e Pastor Itamar também se mostraram dispostos a apresentar requerimentos e indicações em plenário, para ampliar o debate reforçar a cobrança por soluções para a rede municipal de ensino.

Veja mais notícias

Câmara entrega diplomas de Mérito Educacional

“Vocês, que atuam na área da Educação, têm um compromisso fundamental com o desenvolvimento cultural e social do nosso município. E, por isso, a Câ...

24 de outubro, por Marco Túlio de Sousa

Projeto garante moradia para pessoas de baixa renda

Os vereadores de Contagem aprovaram, de forma unânime, em segundo turno e redação final, na terça-feira (21/10), o Projeto de Lei Complementar nº 1...

23 de outubro, por Marco Túlio de Sousa

Contagem ganha legislação que regula as obras realizadas no município

Os vereadores de Contagem aprovaram por unanimidade, nesta semana, o novo Código de Obras Municipal (Projeto de Lei Complementar 12/2025), que esta...

23 de outubro, por Leandro Perché
Todos os direitos reservados a Câmara Municipal de Contagem