Na 37ª Reunião Ordinária da Câmara de Contagem, realizada nesta terça-feira, 12/11, os vereadores cobraram melhor qualidade no transporte público. O tema foi abordado pela vereadora Silvinha Dudu (PV), que trouxe à discussão o caso de um ônibus de transporte metropolitano que pegou fogo na última sexta, 08/11. O coletivo da linha 2290 seguia sentido Nacional – Belo Horizonte e, na altura do bairro Carlos Prates (BH), teve falha mecânica e entrou em chamas.
“Recebi vários vídeos mostrando o desespero das pessoas, gente pulando pelas janelas, saindo correndo e não tinha um extintor de incêndio dentro do ônibus! Isso mostra o descaso da empresa. Já tivemos várias pautas sobre transporte coletivo aqui e foi feita até uma audiência solicitada pelos vereadores Leo da Academia (PDT), Denilson (Mobiliza) e Babão (PSB). Eu fiz um requerimento pedindo ao Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais (DER-MG) e à Prefeitura de Contagem que não saia um ônibus daqui sem ser fiscalizado. Quem sofre é a população”, disse Silvinha.
Diversos parlamentares se manifestaram. A fiscalização deficitária também foi lembrada pelos vereadores Leo da Academia, Ronaldo Babão e Vinícius Faria. Leo pediu apoio aos demais vereadores para cobrarem juntos que “cada ônibus saia do pátio apenas depois de fiscalizado. Isso mostraria sensibilidade e respeito à população”. Babão pontuou que a Polícia Militar, como órgão cuja competência tem abrangência estadual, poderia contribuir com as ações de fiscalização no transporte metropolitano.
Já Vinícius Faria (PP) relatou que foi a uma reunião em que foi discutido o transporte público na região metropolitana e que, ao solicitar mais fiscalização, recebeu a “sugestão” de que ele colocasse um funcionário de seu gabinete nessa função, já que não havia “efetivo suficiente”. “Isso é um desrespeito com Contagem, com todos nós. Pedimos ao governo do Estado que crie novas formas de fiscalizar, que coloque, por exemplo, câmeras nos ônibus”, desabafou o parlamentar.
Moara Saboia (PT) concordou com os colegas e mencionou outros problemas, como atrasos e condições precárias dos veículos. Além disso, cobrou responsabilização das empresas. “Não é possível uma empresa ficar com a cessão de transporte de toda a região metropolitana e cobrar 7, 8, 12, 15 reais, dependendo do trecho, e não entregar o mínimo para o cidadão”, declarou Moara.
Denilson da JUC (Mobiliza), por sua vez, falou das dificuldades por parte dos parlamentares municipais em ações que envolvem o transporte metropolitano, uma vez que ele é responsabilidade do poder público estadual, e não do municipal. Além disso, o parlamentar criticou a empresa proprietária do veículo que pegou fogo. “Nós, como moradores e representantes da cidade de Contagem, sofremos muito. É um absurdo a empresa Transimão ser consorciada ainda. Tem reclamação o ano todo”.
Daniel Carvalho (PSD) lembrou que o debate sobre o transporte público deve incluir atores de todas as instâncias (municipal, estadual e federal). “O cidadão não quer saber de quem é a responsabilidade, se é do Estado ou do município, ele quer a solução. A gente precisa sentar todos em uma mesa para que possamos resolver esse problema que aflige não só a cidade, mas a região metropolitana toda”, ressaltou. Por fim, Carvalho ainda citou que a prefeita Marília Campos vem encampando um movimento junto ao governo estadual e a cidade de Betim para criação de um trem intermunicipal, o que ajudaria a desafogar o trânsito e melhoraria a qualidade do transporte público.
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